5.11.19

Primeira Jornada



Ouvi com alguma atenção os discursos das primeiras transmissões da nova legislatura da AR. Não fiquei particularmente deslumbrada com nenhum, gostei mais de uns do que outros, naturalmente. Sofri com as dificuldades da deputada de quem todos, pior que melhor, falam, mas consegui reeducar o meu ritmo e ouvi-la mesmo.
Fiquei também com pena de que, depois da performance ao vivo que a fragiliza e com as ainda excentricidades que fizeram rodar os holofotes sobre si e o seu assessor, o que tenha dito por escrito, nos suportes mais acessíveis a uma comum cidadã interessada como eu, não tivesse elaborado mais sobre a agenda dos que ali na AR está a representar. Vou continuar a acompanhar para ver se o rumo muda. É que senão arrisca-se a apenas cair no lado diametralmente oposto ao do chegadiço popular deputado anti-deputados, e que, a propósito de qualquer tema, questão ou oportunidade de contributo, mais não faz que “passar a cassette”. Essa prática está mais elaborada por certa equipa decana, que a faz já há décadas com a mestria de canção de embalar, ao ponto de nos distrair de a ouvir com mais atenção quando sai das bancadas da oposição para os lugares de governo. E é pena.
Aguardo as próximas jornadas com alguma curiosidade e não deixo de ficar espantada com a espécie de elevação a assunto politico da gracinha, normal e injustamente dedicada ao género masculino, de disfarçar a eficácia e a eficiência começando e limitando a discussão a se “o tamanho importa”.