Ouvi com alguma
atenção os discursos das primeiras transmissões da nova legislatura da AR. Não
fiquei particularmente deslumbrada com nenhum, gostei mais de uns do que
outros, naturalmente. Sofri com as dificuldades da deputada de quem todos, pior
que melhor, falam, mas consegui reeducar o meu ritmo e ouvi-la mesmo.
Fiquei também
com pena de que, depois da performance ao vivo que a fragiliza e com as ainda
excentricidades que fizeram rodar os holofotes sobre si e o seu assessor, o que
tenha dito por escrito, nos suportes mais acessíveis a uma comum cidadã
interessada como eu, não tivesse elaborado mais sobre a agenda dos que ali na
AR está a representar. Vou continuar a acompanhar para ver se o rumo muda. É
que senão arrisca-se a apenas cair no lado diametralmente oposto ao do
chegadiço popular deputado anti-deputados, e que, a propósito de qualquer tema,
questão ou oportunidade de contributo, mais não faz que “passar a cassette”.
Essa prática está mais elaborada por certa equipa decana, que a faz já há
décadas com a mestria de canção de embalar, ao ponto de nos distrair de a ouvir
com mais atenção quando sai das bancadas da oposição para os lugares de
governo. E é pena.
Aguardo as
próximas jornadas com alguma curiosidade e não deixo de ficar espantada com a
espécie de elevação a assunto politico da gracinha, normal e injustamente
dedicada ao género masculino, de disfarçar a eficácia e a eficiência começando
e limitando a discussão a se “o tamanho importa”.