Task-force é uma palavra que teve origem na
Marinha dos Estados Unidos, durante a Segunda Guerra Mundial e era o que se
chamava a uma unidade militar temporária, criada especificamente para fazer uma
missão especial e urgente. O termo também está muito ligado à procura por vários tipos
de organizações de metas ou objetivos para um fim específico, onde é necessário
que todos os envolvidos se unam e façam um esforço máximo para alcançar o que
desejam ou o que precisam.
Atrever-me-ia a dizer que qualquer tarefa de equipa a que as
pessoas se proponham ou sejam obrigadas a fazer, seja ela por força da lei ou
por reação a uma situação que se considere caótica, deverá à partida ser
presidida por este espírito da task-force. Cada “soldado”, na sua especialidade
e disciplina, arregaçar as mangas, meter as mãos na massa que cada um conhece e
trabalhá-la em conjunto até ao produto final. É este um espírito completamente
oposto ao outro espírito que corresponde à manutenção de uma situação que
apenas necessita de um acompanhamento, de uma correção aqui e ali, de um
ajustamento por força de circunstâncias que se alterem e não por defeito do
andamento que se tem dado ao que está em causa.
Quando alguém decide criar uma task-force é porque, de facto, reconhece que pode modificar o que
encontrou. Para melhor, espera-se. Ou esperam aqueles que deram crédito a essa task-force pondo nessas mãos uma vontade
sua. É assim que devem pensar aqueles que escolhem uma equipa para liderar,
seja uma instituição, uma associação, um partido, uma autarquia ou um governo. Dar
a ideia que se cria uma task-force, dando mesmo de barato que esta tenha o nome
de gabinete ou comissão, e depois não fazer rigorosamente nenhuma mudança, para
melhor volto a repetir, e que seja alguma coisa a que se possa chamar uma
mudança, é uma fraude.
O que acontece amiúde é que há certas task-forces que
aparecem assim, com esta aura a que só apetece incentivar com um «Go, go, go!»
e que, depois, de mudarem tudo, fica tudo na mesma. Aí se revela das duas, uma:
ou uma vontade expressa que assim seja, e a consequente indução em erro dos que
acreditaram nessa mudança, ou a avaliação errada que fizeram da situação que
queriam mudar, o que é uma pena, mas enfim, vale pelo menos pelo esforço.